A interpretação de texto é habilidade essencial nas provas, porque é a partir da interpretação que você consegue ler e compreender cada exercício e o tema proposto. Por isso, separamos alguns exercícios sobre interpretação de texto para você praticar e mandar bem no vestibular e no Enem.
Para uma correta compreensão e interpretação do texto, exige-se que o leitor passe por algumas etapas de leitura, que são: pré-compreensão, compreensão e interpretação.
A primeira etapa exige que você tenha no mínimo algum conhecimento prévio sobre o assunto ou área específica abordado no texto.
A segunda implica a descoberta. Ao entender o tema principal do texto na primeira etapa, você será capaz de distinguir o que é informação nova e o que já é informação conhecida.
A terceira e última etapa é, de fato, a interpretação, que é quando você começa a raciocinar e pensar criticamente sobre as informações lidas. É saber responder a perguntas usando o que você leu e o que já é conhecido, juntamente com os novos conhecimentos que foram formados.
Veja também: Interpretação de Texto: Como interpretar um Texto?
Agora que já conhecemos as etapas de leitura, aqui vão alguns exercícios sobre interpretação de texto para você praticar! Confira abaixo:
Uma postagem de humor na internet trazia como título “Provas de que gatos são líquidos” e usava, como essas provas, fotos reais de gatos, como as reproduzidas aqui.
Bored Panda. www.boredpanda.com. (Adaptado).
O efeito de humor causado na associação do título com as fotos baseia-se no fato de que líquidos:
A) metálicos, em repouso, formam uma superfície refletora de luz, como os pelos dos gatos.
B) têm volume constante e forma variável, propriedade que os gatos aparentam ter.
C) moleculares são muito viscosos, como aparentam ser os gatos em repouso.
D) são muito compressíveis, mantendo forma, mas ajustando o volume ao do recipiente, como os gatos aparentam ser.
E) moleculares são voláteis, necessitando estocagem em recipientes fechados, como os gatos aparentam ser.
Questão 106, Enem 2012. Disponível em: www.portaldapropaganda.com.br.
Acesso em: 1 mar. 2012
A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na constituição de seus textos. Nessa peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor a:
A) assumir uma atitude reflexiva diante dos fenômenos naturais.
B) evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis.
C) aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo.
D) abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sustentáveis.
E) consumir produtos de modo responsável e ecológico.
Pote Cru é meu pastor. Ele me guiará.
Ele está comprometido de monge.
De tarde deambula no azedal entre torsos de
cachorro, trampas, trapos, panos de regra, couros,
de rato ao podre, vísceras de piranhas, baratas
albinas, dálias secas, vergalhos de lagartos,
linguetas de sapatos, aranhas dependuradas em
gotas de orvalho etc. etc.
Pote Cru, ele dormia nas ruínas de um convento
Foi encontrado em osso.
Ele tinha uma voz de oratórios perdidos.
BARROS, M. Retrato do artista quando coisa.
Rio de Janeiro: Record, 2002.
Ao estabelecer uma relação com o texto bíblico nesse poema, o eu lírico identifica-se com Pote Cru porque:
A) entende a necessidade de todo poeta ter voz de oratórios perdidos.
B) elege-o como pastor a fim de ser guiado para a salvação divina.
C) valoriza nos percursos do pastor a conexão entre as ruínas e a tradição.
D) necessita de um guia para a descoberta das coisas da natureza.
E) acompanha-o na opção pela insignificância das coisas.
A obesidade tornou-se uma epidemia global, segundo a Organização Mundial da Saúde, ligada à Organização das Nações Unidas. O problema vem atingindo um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo, e entre as principais causas desse crescimento estão o modo de vida sedentário e a má alimentação.
Segundo um médico especialista em cirurgia de redução de estômago, a taxa de mortalidade entre homens obesos de 25 a 40 anos é 12 vezes maior quando comparada à taxa de mortalidade entre indivíduos de peso normal. O excesso de peso e de gordura no corpo desencadeia e piora problemas de saúde que poderiam ser evitados. Em alguns casos, a boa notícia é que a perda de peso leva à cura, como no caso da asma, mas em outros, como o infarto, não há solução.
FERREIRA, T. Disponível em: www.revistaepoca.globo.com.
Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado).
O texto apresenta uma reflexão sobre saúde e aponta o excesso de peso e de gordura corporal dos indivíduos como um problema, relacionando-o ao:
A) padrão estético, pois o modelo de beleza dominante na sociedade requer corpos magros.
B) equilíbrio psíquico da população, pois esse quadro interfere na autoestima das pessoas.
C) quadro clínico da população, pois a obesidade é um fator de risco para o surgimento de diversas doenças crônicas.
D) preconceito contra a pessoa obesa, pois ela sofre discriminação em diversos espaços sociais.
E) desempenho na realização das atividades cotidianas, pois a obesidade interfere na performance.
A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.
Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.
No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor
A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
B) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.
D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.
Texto I
O Juiz Valério alegrava-se com a aproximação da comissão. Acreditava em justiça, em lei, achava que o governo fosse dotado de uma clarividência que o comum dos homens não possuía, de uma reta intenção de punir o mal e premiar o bem. Daquele recanto tão afastado, Governo era assim algo de sobre-humano e inatacável. Antes porém que a Comissão chegasse ao [Vila do] Duro, aportaram ali notícias do que era ela. Era como o vento que precede a chuva braba. Quem vinha chefiando a comissão era um juiz togado, com assento em Porto Nacional, formado pela Faculdade do Recife, com militança no Foro de Salvador e Belém do Pará, homem de estudo, homem de preparo, homem sabido e corrido.
ÉLIS, Bernardo. O tronco. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p.15. (fragmento). (adaptado).
Texto II
Sucedeu então vir o grande sujeito entrando no lugar, capiau de muito longínquo: tirado à arreata o cavalo raposo, que mancara, apontava de noroeste, pisando o arenoso. Seus bigodes ou a rustiquez – roupa parda, botinões de couro de anta, chapéu toda a aba – causavam riso e susto. Tomou fôlego, feito burro entesa orelhas, no avistar um fiapo de povo mas a rua, imponente invenção humana. Tinha vergonha de frente e de perfil, todo o mundo viu, devia também de alentar internas desordens no espírito.
ROSA, João Guimarães. Tutaméia (Terceiras estórias). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 58. (fragmento).
Os fragmentos das obras de Bernardo Élis e de João Guimarães Rosa narram, respectivamente, a notícia da chegada de um viajante e a chegada de outro viajante. É CORRETO afirmar que os narradores:
A) descrevem a valentia desses viajantes.
B) constroem imaginários desses viajantes.
C) delineiam as características físicas desses viajantes.
D) explicam as relações entre esses viajantes e o governo.
Exercícios sobre interpretação de texto, questão 7 – todamateria.com.br
Quanto à tirinha acima, é correto afirmar:
A) A intenção da tirinha é mostrar como é fácil convencer as crianças.
B) A tirinha critica as pessoas que mudam de opinião após serem subornadas.
C) A intenção da tirinha é refletir sobre alimentação saudável.
D) A tirinha desperta o leitor para o grande desafio dos pais na alimentação dos filhos.
E) Esta tirinha tem como objetivo ensinar como os pais devem agir diante do mau comportamento dos filhos.
Examine o cartum.
Frank e Ernest – Bob Thaves. O Estado de S. Paulo. 22 de Set. 2017.
O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, da:
A) semelhança entre a língua de origem e a local.
B) falha de comunicação causada pelo uso do aparelho eletrônico.
C) falta de habilidade da personagem em operar o localizador geográfico.
D) discrepância entre situar-se geograficamente e dominar o idioma local.
E) incerteza sobre o nome do ponto turístico onde as personagens se encontram.
O Governo pretende, com a campanha acima,…
A) criticar as pessoas que dirigem embriagadas.
B) fazer propaganda das medidas socioeducativas criadas pelo governo.
C) conclamar o povo brasileiro contra as pessoas que dirigem mal.
D) expor aos leitores sobre as penalidades decorrentes de se dirigir inadequadamente.
E) convencer os leitores a se envolverem em uma campanha a favor da vida.
Leia o soneto de Luís de Camões para responder à questão.
Posto me tem fortuna1 em tal estado,
E tanto a seus pés me tem rendido!
Não tenho que perder já, de perdido;
Não tenho que mudar já, de mudado.
Todo o bem para mim é acabado;
Daqui dou o viver já por vivido;
Que, aonde o mal é tão conhecido,
Também o viver mais será escusado.
Se me basta querer, a morte quero,
Que bem outra esperança não convém;
E curarei um mal com outro mal.
E, pois do bem tão pouco bem espero,
Já que o mal este só remédio tem,
Não me culpem em querer remédio tal.
Luís de Camões. Lírica, 1991.
O eu lírico dirige-se diretamente a seu leitor em:
A) “E, pois do bem tão pouco bem espero,” (4º estrofe)
B) “Não me culpem em querer remédio tal.” (4º estrofe)
C) “E tanto a seus pés me tem rendido!” (1º estrofe)
D) “Daqui dou o viver já por vivido;” (2º estrofe)
E) “Se me basta querer, a morte quero,” (3º estrofe)
Considere a tirinha de Laerte.
www.folha.uol.com.br, 10 out de 2019
A tirinha aponta para uma situação anormal. Tal situação se aproximaria da normalidade, caso houvesse uma terceira caixa associada a uma etiqueta com a palavra:
A) aprovar.
B) trabalhar.
C) recusar.
D) parar.
E) esquecer.
Leia o início do conto “Músculos e nervos”, de Aluísio Azevedo, para responder à questão.
Terminava a primeira parte do espetáculo, quando D. Olímpia entrou no circo, pelo braço do pai.
Havia grande enchente. O público vibrava ainda sob a impressão do último trabalho exibido, que devia ter sido maravilhoso, porque o entusiasmo explodia por toda a plateia e de todos os lados gritavam ferozmente: “Scott! À cena Scott!” Dois sujeitos de libré azul com alamares dourados conduziam para o interior do teatro um cavalo que acabava de servir. Muitos espectadores, de chapéu no alto da cabeça, estavam de pé e batiam com a bengala nas costas das cadeiras; as cocotes pareciam loucas e soltavam guinchos, que ninguém entendia; das galerias trovejava um barulho infernal, e, por entre aquela descarga atroadora, só o nome do idolatrado acrobata sobressaía, exclamado com delírio por mil vozes.
— Scott! Scott!
Olímpia sentiu-se aturdida; o pai, no íntimo, arrependia-se de lhe ter feito a vontade, consentindo em levá-la ao circo, mas o médico recomendara tanto que não a contrariassem… e ela havia mostrado tanto empenho no capricho de ir aquela noite ao Politeama…
De repente, um grito uníssono partiu da multidão. Estalaram as palmas com mais ímpetos; choveram chapéus; arremessaram-se leques e ramalhetes, Scott havia reaparecido.
— Bravo! Bravo, Scott!
E os aplausos recrudesceram ainda.
O ginasta, que entrara de carreira, parou em meio da arena, aprumou o corpo, sacudiu a cabeleira anelada, e, voltando-se para a direita e para a esquerda, atirava beijos, sorrindo, no meio daquela tempestade gloriosa.
Demônios, 2007.
“De repente, um grito uníssono partiu da multidão. Estalaram as palmas com mais ímpetos; choveram chapéus; arremessaram-se leques e ramalhetes, Scott havia reaparecido.”
(5° parágrafo)
A palavra sublinhada tem o sentido equivalente ao de:
A) surgido novamente.
B) surgido inesperadamente.
C) surgido apoteoticamente.
D) surgido finalmente.
E) surgido magicamente.
TEXTO I
Terezinha de Jesus
De uma queda foi ao chão
Acudiu três cavalheiros
Todos os três de chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo, seu irmão
O terceiro foi aquele
A quem Tereza deu a mão
ATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado).
TEXTO II
Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a criança para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na vida da mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua vida.
Disponível em: www.provsjose.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012.
O comentário do texto II sobre o texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados contextos:
A) assegura a existência de pensamentos contrários à ordem vigente.
B) mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais.
C) conserva a influência religiosa sobre certas culturas.
D) preserva a diversidade cultural e comportamental.
E) reforça comportamentos e padrões culturais.
Campanhas publicitárias podem evidenciar problemas sociais. O cartaz tem como finalidade.
A) alertar os homens agressores sobre as consequências de seus atos.
B) Conscientizar a população sobre a necessidade de denunciar a violência doméstica.
C) instruir as mulheres sobre o que fazer em casos de agressão.
D) despertar nas crianças a capacidade de reconhecer atos de violência doméstica.
E) exigir das autoridades ações preventivas contra a Violência doméstica.
DESCULPE-ME, preciso disso…
Disponível em: www.pedlowski.blogspot.com.br. Acesso em: 20 out. 2013. (Adaptado).
A análise do cartum, devidamente contextualizada, permite inferir que:
A) a desigualdade social é fruto de interesses econômicos de valorização do espaço urbano em detrimento das áreas rurais.
B) as prioridades da classe alta nem sempre contemplam as necessidades básicas da camada social menos favorecida.
C) a produção em massa de biocombustíveis representa um desrespeito à sobrevivência humana por seu impacto nos preços mundiais dos alimentos.
D) a fome é um fato social específico de alguns países e só será mitigada depois que as nações desenvolvidas possibilitarem a equidade social.
E) a crise de alimentos, na atualidade, é resultante de uma economia neoliberal, que não se preocupa com a falta de desenvolvimento tecnológico em alguns países.
TEXTO
Millôr, exercitando sua competência de linguista por intuição, escreveu a declaração abaixo:
“Nenhuma língua morreu por falta de gramáticos: algumas estagnaram por ausência de escritores. Nenhuma sobreviveu sem povo.”
Por essa declaração, fica obviamente declarado que, na constituição e na manutenção de uma língua, o essencial são:
A) os que indicam às normas do uso linguístico correto.
B) os autores que descrevem a estrutura da língua.
C) os que escrevem livros, ensaios e os publicam em algum suporte.
D) os usuários que aproveitam o dom de poder falar, ler ou escrever textos nesta língua.
E) são os que defendem a norma padrão aceita pelos usuários mais escolarizados.
Amanhece o dia entre neblinas, quando o Bem e o Mal se encontram para mais um duelo.
Escolhem as armas nos estojos, aproximam-se para o encontro ritual, encaram-se. Os padrinhos
que aguardam ao lado do campo, escuros como as gralhas que saltitam entre restolhos, são instados
a partir. Que não haja testemunhas.
[5] Afastados estes, Bem e Mal guardam as armas, se envolvem em suas capas e caminham até a taverna
mais próxima. Ali, frente a canecos cheios, discutirão estratégias e trocarão conselhos durante dias
ou séculos, até o próximo duelo.
Conto retirado do livro “Hora de Alimentar Serpentes”, de Marina Colasanti.
No conto de Marina Colasanti, Bem e Mal são ideias personificadas. Essa personificação é identificada pela narração de:
A) ações
B) crenças
C) desejos
D) sentimentos
LUZ DO SOL
Luz do sol,
Que a folha traga e traduz
Em verde novo, em folha, em graça,
Em vida, em força e em luz
Céu azul,
Que vem até aonde os pés tocam a terra
E a terra expira e exala seus azuis.
Reza, reza o rio,
Córrego pro rio,
O rio pro mar.
Reza a correnteza,
Roça a beira,
Doura a areia.
Marcha o homem sobre o chão,
Leva no coração uma ferida acesa.
Dono do sim e do não
Diante da visão da infinita beleza
Finda por ferir com a mão essa delicadeza,
A coisa mais querida:
A glória da vida.
Caetano Veloso – Luz do Sol
No verso “Que a folha traga e traduz”, os vocábulos sublinhados correspondem, semanticamente, a:
A) absorve e transforma
B) interage e insere
C) engloba e exala
D) dissipa e reflete
E) dizima e capta
“Todo abacate é verde. O incrível Hulk é verde. O incrível Hulk é um abacate.”
Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio errado ou inadequado que nos leva a conclusões falsas ou improcedentes.
O último parágrafo do texto é um exemplo de sofisma, considerando que, da constatação de que todo abacate é verde, não se pode deduzir que só os abacates têm cor verde.
Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento:
A) enumeração incorreta
B) generalização indevida
C) representação imprecisa
D) exemplificação inconsistente
Os textos publicitários são produzidos para cumprir determinadas funções comunicativas. Os objetivos desse cartaz estão voltados para a conscientização dos brasileiros sobre a necessidade de:
A) as crianças frequentarem a escola regularmente.
B) a formação leitora começar na infância.
C) a alfabetização acontecer na idade certa.
D) a literatura ter o seu mercado consumidor ampliado.
E) as escolas desenvolverem campanhas a favor da leitura.
Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 27 fev. 2012.
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à:
A) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
B) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
C) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da população rica.
D) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
E) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família.
Qual a diferença entre publicidade e propaganda?
Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas, religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas políticas em período pré-eleitoral.
Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto, serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos de publicidade.
VASCONCELOS, Y. Disponível em: www.mundoestranho.abril.com.br.
Acesso em: 22 ago. 2017 (adaptado).
A função sociocomunicativa desse texto é:
A) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se alistar no exército.
B) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas.
C) convencer o público sobre a importância do consumo.
D) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.
E) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.
É necessário que a mulher se coloque em um espaço mínimo de resistência, denunciando ameaças – quando há tempo para isso –, mas, ainda que ela denuncie, não evitará o crime se o Estado não se mobilizar para protegê-la. O que evita o feminicídio é a resposta estatal à violência.
COSTA, Waleska. No aniversário da Lei Maria da Penha, 5 feminicídios nas últimas 48h.
Acesso em 07 de agosto de 2018.
O apelo central da fala da Waleska Costa é:
A) A falta de tempo para as mulheres vitimadas denunciarem.
B) O Estado não protege as mulheres.
C) Alertar o Estado para a busca de ações com celeridade para proteção de mulheres vítimas de violência.
D) As mulheres não denunciam a violência doméstica.
E) Os motivos que levam as mulheres vitimadas a não denunciarem.
Alguns pesquisadores falam sobre a necessidade de um “letramento racial”, para “reeducar o indivíduo em uma perspectiva antirracista”, baseado em fundamentos como o reconhecimento de privilégios, do racismo como um problema social atual, não apenas legado histórico, e a capacidade de interpretar as práticas racializadas. Ouvir é sempre a primeira orientação dada por qualquer especialista ou ativista. uma escuta atenta, sincera e empática. Luciana Alves, educadora da Unifesp, afirma que “Uma das principais coisas é atenção à linguagem. A gente tem uma linguagem sexista, racista, homofóbica, que passa pelas piadas e pelo uso de termos que a gente já naturalizou. “A coisa tá preta”, ‘denegrir”, ‘serviço de preto”… Só o fato de você prestar atenção na linguagem já anuncia uma postura de reconstrução. Se o outro diz que tem uma carga negativa e ofensiva, acredite”.
Gente branca: o que os brancos de um país racista podem fazer pela igualdade além de não serem racistas.
(Adaptado). UOL, 21 de maio de 2018.
Segundo Luciana Alves, para combater o racismo e mudar de postura em relação a ele, é fundamental:
A) ouvir com atenção os discursos e orientações de especialistas e ativistas.
B) reconhecer expressões racistas existentes em práticas naturalizadas.
C) passar por um “letramento racial” que dispense o legado histórico.
D) prestar atenção às práticas históricas e às orientações da educadora.
Na década de 1950, quando iniciava seu governo, Juscelino Kubitschek prometeu “50 anos em 5”. Na campanha do atual governo o slogan ficou assim: “O Brasil voltou, 20 anos em dois”. A ‘tradução’ não tinha como dar certo; era como comparar vinho com água. E mais: havia uma vírgula no meio do caminho. Na propaganda, apenas uma vírgula impede que a leitura, ao invés de ser positiva e associada ao progressismo de Juscelino, se transforme numa mensagem de retrocesso: o Brasil de fato ‘voltou’ muito nesses últimos dois anos; para trás.
Lilia Schwarcz, Havia uma vírgula no meio do caminho.(Adaptado).
Nexo Jornal, 21 de maio de 2018.
Considerando o gênero propaganda institucional e o paralelo histórico traçado pela autora, é correto afirmar que o slogan do atual governo fracassou porque:
A) o uso da vírgula provocou uma leitura negativa do trecho que alude ao slogan da década de 1950.
B) a mensagem projetada pelo slogan anterior era mais clara, direta, e não exigia o uso da vírgula.
C) a alusão ao slogan anterior afasta o público jovem e provoca a perda de seu poder persuasivo.
D) o duplo sentido do verbo “voltar” gerou uma mensagem que se afasta daquela projetada pelo slogan anterior.
Para driblar a censura imposta pela ditadura militar, compositores de música popular brasileira (MPB) valiam-se do que Gilberto Vasconcelos chamou de “linguagem da fresta”, expressão inspirada na canção “Festa imodesta”, de Caetano Veloso.
(…)
Numa festa imodesta como esta
Vamos homenagear
Todo aquele que nos empresta sua testa
Construindo coisas pra se cantar
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
E que o otário silencia
Toda festa que se dá ou não se dá
Passa pela fresta da cesta e resta a vida.
Acima do coração que sofre com razão
À razão que volta do coração
E acima da razão a rima
E acima da rima a nota da canção
Bemol natural sustenida no ar
Viva aquele que se presta a estar ocupação
Salve o compositor popular
Gilberto de Vasconcelos, Música popular: de olho na fresta. Rio de Janeiro:Graal, 1977.
É correto afirmar que, na canção, essa “linguagem da fresta” transparece:
A) na contradição entre “festa” e “fresta”, que funciona como crítica ao malandro.
B) na repetição de palavras com pronúncia semelhante para louvar a MPB.
C) na referência à “fresta” como forma de o compositor se pronunciar.
D) na incoerência da rima entre “festa” e “imodesta” para prestigiar o compositor.
Dicas para evitar a disseminação de boatos e notícias falsas
1. Saiba quando uma mensagem é encaminhada
Mensagens com a etiqueta “Encaminhada” ajudam a determinar se seu amigo ou parente escreveu aquela mensagem ou se ela veio originalmente de outra pessoa.
2. Verifique fotos e mídia com cuidado
Fotos, áudios e vídeos podem ser editados para enganar você. Procure por fontes de notícias confiáveis para ver se a história está sendo reportada também em outros veículos. Quando uma notícia é reportada em vários canais confiáveis, é mais provável que ela seja verdadeira.
3. Fique atento a mensagens que parecem estranhas
Muitas mensagens ou links para sites que contêm boatos ou notícias falsas apresentam erros de português. Procure por esses sinais para verificar se a informação é confiável.
4. Esteja atento a preconceitos e influências
Histórias que parecem difíceis de acreditar são, em sua maioria, realmente falsas.
5. Notícias falsas frequentemente viralizam
Não encaminhe uma mensagem só porque o remetente está lhe pedindo para fazer isso.
6. Verifique outras fontes
Se você ainda não tem certeza de que uma mensagem é verdadeira, faça uma busca online por fatos e verifique em sites de notícias confiáveis para ver de onde a história veio.
7. Ajude a parar a disseminação
Não compartilhe uma mensagem só porque alguém lhe pediu. Se algum contato ou grupo está enviando notícias falsas constantemente, denuncie-os.
Importante: Se você sentir que você ou alguém está em perigo emocional ou físico, por favor, contate as autoridades locais de cumprimento da lei. Essas autoridades são preparadas e equipadas para oferecer assistência nesses casos.
www.faq.whatsapp.com/pt. (Adaptado).
As informações apresentadas permitem afirmar que o texto consiste em:
A) um guia que permite às pessoas tanto a identificação de notícias falsas quanto a sua produção, o que, algumas vezes, poderá estar em desacordo com a lei.
B) um manual rápido e simplificado para que os usuários das redes sociais saibam se comportar adequadamente ao lerem as mensagens recebidas.
C) um relatório pormenorizado das ações mais comuns identificadas na produção e veiculação de informações falsas pelas redes sociais.
D) uma síntese de procedimentos que permitem entender melhor o funcionamento das redes sociais e a relação emocional que os usuários têm com elas.
E) um roteiro com orientações para a identificação de notícias falsas em redes sociais, o qual ajudará os usuários a parar de disseminá-las.
Jorge Braga. Disponível em: www.opopular.com.br
A leitura comparativa entre o texto e a charge permite afirmar que ambos fazem um alerta acerca:
A) dos perigos a que as pessoas estão expostas nas redes sociais, considerando-se a facilidade de fazer circular informações inverídicas nesses meios de comunicação.
B) da falta de contato presencial entre as pessoas que, cada vez mais, estão preferindo comunicar-se a distância, sem se preocuparem com a interação face a face.
C) do descaso das pessoas com o que é veiculado pelas redes sociais, principalmente pelo fato de serem informações, em sua maioria, baseadas em inverdades.
D) da importância assumida pelas redes sociais no contexto da comunicação atual, razão pela qual devem ser estimulados os contatos pessoais nesses meios.
Animais no espaço
Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas.
Os russos já usaram cachorros em suas experiências. Eles têm o sistema cardíaco parecido com o dos seres humanos. Estudando o que acontece com eles, os cientistas descobrem quais problemas podem acontecer com as pessoas.
A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de 1957, quatro anos antes do primeiro homem, o astronauta Gagarin.
Os norte-americanos gostam de fazer experiências científicas espaciais com macacos, pois o corpo deles se parece com o humano. O chimpanzé é o preferido porque é inteligente e convive melhor com o homem do que as outras espécies de macacos. Ele aprende a comer alimentos sintéticos e não se incomoda com a roupa especial.
Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por exemplo.
Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço, em novembro de 1961, a bordo da nave Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou são e salvo, depois de ter trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter comido muito depressa as pastilhas de banana durante as refeições.
Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996.
No trecho “Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo…”.
A expressão destacada indica
A) argumento contrário.
B) justificativa.
C) comparação.
D) relação de condição.
E) soma de argumentos.
Disponível em: www.blogdagaivota. com/2011/05/direitosiguais-ao-trabalhante-partir.html.
Acesso em: 12 de novembro de 2021
A partir da charge, é possível inferir que o autor:
A) critica a atitude do professor ignorando os alunos.
B) mostra a falta de investimento nas escolas.
C) denuncia a falta de acessibilidade no espaço escolar.
D) aponta a falta de acesso a tecnologias digitais nas escolas.
E) ironiza a falta de interesse dos alunos.
Confira abaixo o gabarito completo dos 30 exercícios sobre interpretação textual:
1-B | 9-E | 17-A | 25-D |
2-E | 10-B | 18-A | 26-C |
3-E | 11-A | 19-B | 27-E |
4-C | 12-A | 20-B | 28-A |
5-E | 13-E | 21-A | 29-E |
6-B | 14-B | 22-D | 30-C |
7-B | 15-C | 23-C | |
8-D | 16-D | 24-B |
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Ver comentários
Preciso desse e de outros exercicios para minhas aulas.
Material excelente, gostei.
Obrigado, Mariano!
obrigada! amei!
Disponha, Maria!