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Erros de português: confira os piores e os mais cometidos pelos brasileiros

Por Felipe Ferreira
Erros de português: confira os piores e mais comuns

Admita! você, com certeza, já cometeu algum destes erros de português. E tudo bem, isso é mais comum do que você imagina. A língua portuguesa é cheia de regras e exceções que podem confundir até os mais experientes. Por isso, é importante estar sempre atento e revisar o que escrevemos.

Neste artigo, vamos falar sobre os erros de português mais comuns que as pessoas cometem no dia a dia. Alguns deles são relacionados à ortografia, à gramática, à concordância ou ao uso de palavras parecidas. Vamos explicar cada um deles com exemplos e dicas para você não errar mais.

Ficou curioso? Então continue lendo e descubra quais são os erros de português que você deve evitar!

O que é um erro de português

Um erro de português é uma construção estrutural que não está prevista pela gramática normativa da língua portuguesa. A gramática normativa estabelece as regras e os padrões que devem ser seguidos na modalidade escrita e em situações formais de comunicação.

Os erros de português podem ser de diversos tipos, como:

  • Concordância verbal e nominal: quando o verbo ou o substantivo não concorda em número com o sujeito, como em “os menino foi à escola” ou “a casa amarelo”.
  • Regência verbal e nominal: quando o verbo ou o substantivo não é utilizado com a preposição correta, como em “ele gostou de mim” em vez de “ele gostou de eu”.
  • Uso de pronomes: erros comuns incluem o uso de “mim” em vez de “eu” como sujeito, ou o uso incorreto de pronomes oblíquos, como “me” ou “te”.
  • Pontuação: erros comuns incluem o uso incorreto de vírgulas, ponto final e ponto e vírgula, que podem afetar a clareza e o sentido do texto.
  • Ortografia: erros comuns incluem a confusão entre “há” e “a”, “onde” e “aonde”, “mas” e “mais”, entre outros.
  • Uso de verbos: erros comuns incluem o uso de formas verbais incorretas, como o uso de “fazem” em vez de “faz”, ou o uso de verbos no tempo errado, como o uso de “fiz” em vez de “farei”.
  • Colocação pronominal: erros comuns incluem o uso incorreto dos pronomes átonos, como em “me dê ele” em vez de “dê-me ele”.
  • Concordância de gênero: quando o gênero do substantivo ou do adjetivo não concorda com o gênero do sujeito, como em “a menino” ou “a pessoa são”.

23 erros de português mais comuns que você deve evitar

Agora que já sabemos o que são os erros de português e quais os tipos, confira uma lista com alguns dos mais comuns.

1. Uso dos porquês

Começamos com um dos erros de português mais cometidos pelos brasileiros: o uso dos porquês. Os “porquês” são conjunções ou pronomes relativos que têm diferentes funções na língua portuguesa. Eles são utilizados em diversas situações, como:

  • Porque: é utilizado para indicar causa ou explicação de algo, como em “Eu não fui à festa porque estava doente”.
  • Por que: é utilizado para indicar motivo, razão ou finalidade de algo, como em “Por que você não veio à festa?”. Também pode ser usado em frases interrogativas ou em contextos de ironia ou surpresa.
  • Por quê: é utilizado no final de frases interrogativas, como em “Você não veio à festa por quê?”.
  • Porquê: é utilizado como substantivo, para se referir à causa ou motivo de algo, como em “Não entendi o porquê de sua ausência na festa”.

2. Uso da crase

A crase é a fusão da preposição “a” com o artigo definido “a” ou com o pronome demonstrativo “aquele”. Ela é indicada pelo acento grave (`).

A crase ocorre quando há uma regência que exige a preposição “a” e o termo seguinte é feminino e determinado. Por exemplo: Vou à escola. (Vou a + a escola).

Não ocorre crase quando o termo seguinte é masculino, indeterminado ou uma palavra repetida. Por exemplo: Vou a pé. (Não há artigo definido ou pronome demonstrativo). Vou a uma escola. (O termo é indeterminado). Vou a Roma e a Paris. (Não há crase antes de palavra repetida).

Leia mais: Como e quando usar crase: 12 regras que você precisa saber

3. Mais ou mas

As duas palavras, “mas” e “mais”, estão corretas e existem na língua portuguesa. Entretanto, possuem significados diferentes. Mais é usado para indicar aumento de quantidade, intensidade ou comparação, sendo o contrário de menos . Mas é usado para indicar oposição, contraste ou adversidade, podendo ser substituído por porém, todavia ou contudo. Exemplos:

  • Ela quer mais dinheiro e mais tempo livre.
  • Ele estudou muito, mas não passou no vestibular.

4. Mal ou mau

As palavras “mal” e “mau” são classificadas como homófonas, ou seja, suas pronúncias são idênticas, mas as grafias são diferentes. A diferença entre elas é que “mal” pode ser um advérbio, um substantivo ou uma conjunção, enquanto “mau” é sempre um adjetivo. Para saber qual usar em cada caso, basta lembrar dos seus antônimos: “mal” é o contrário de “bem” e “mau” é o contrário de “bom”. Por exemplo:

  • Ele fez o trabalho mal. (Ele fez o trabalho bem.)
  • O mal da humanidade é a ganância. (O bem da humanidade é a generosidade.)
  • Mal cheguei em casa, o telefone tocou. (Assim que cheguei em casa, o telefone tocou.)
  • Ele é um mau amigo. (Ele é um bom amigo.)
  • Não coma esse bolo, está mau. (Não coma esse bolo, está bom.)
  • Ela tem uma reputação. (Ela tem uma boa reputação.)

5. Aonde ou onde

“Aonde” e “onde” são palavras que podem gerar dúvidas na hora de escrever. A regra básica é que “aonde” se usa com verbos que indicam movimento e “onde” se usa com verbos que indicam permanência ou situação. Por exemplo:

  • Aonde você vai? (movimento)
  • Onde você mora? (permanência)

Outra forma de diferenciar é que “aonde” equivale a “para onde” e “onde” equivale a “em que lugar”. Assim, podemos perguntar:

  • Aonde você quer chegar? (para onde você quer chegar?)
  • Onde fica o banheiro? (em que lugar fica o banheiro?)

6. Para mim ou para eu

Ambas existem e estão corretas, mas dependem da situação de uso. A expressão “para eu” deve ser usada quando “eu” assume a função de sujeito em uma oração, sendo sempre seguido de um verbo no infinitivo que indica uma ação. Por exemplo:

  • Preciso de férias para eu descansar.

A expressão “para mim” deve ser usada quando “mim” assume a função de objeto indireto em uma oração, sendo sempre precedido de uma preposição que, nesse caso, é o “para”. Por exemplo:

  • Você pode comprar o ingresso para mim?

7. Entre eu e você ou entre mim e você

A forma correta é “entre mim e você”. Isso porque a palavra “entre” é uma preposição e após preposições deve-se usar pronomes pessoais do caso oblíquo (mim, ti, si, etc.) em vez de pronomes pessoais retos (eu, tu, ele/ela etc.) que assumem a função de sujeito. Portanto, “Entre eu e você” está incorreto.

Por exemplo:

  • Não há mais nada entre mim e você.
  • Essa informação fica entre mim e ele.
  • Isso fica entre mim e ti.

8. Tem ou têm

“Tem” e “têm” são formas do verbo ter no presente do indicativo. A diferença entre elas é que “tem” é usado quando o sujeito é singular (apenas um), e “têm” é usado quando o sujeito é plural (mais do que um). Por exemplo:

  • Ele tem um carro novo.
  • Eles têm um carro novo.

“Tem” também pode ser usado como verbo impessoal, sinônimo de há. Por exemplo:

  • Tem muita gente na rua hoje.

9. Viagem ou viajem

Viagem com “g” é substantivo e pode significar o ato de viajar, transportar (-se), ou o período de um deslocamento. Já viajem com “j” é uma das formas de conjugação do verbo viajar. Por exemplo:

  • Eu fiz uma viagem para a praia no final de semana passado.
  • Espero que eles viajem para a Europa nas próximas férias.

10. De mais ou demais

“De mais” é a junção da preposição “de” com o adjetivo “mais” e indica excesso ou adição. Por exemplo:

  • Ele trouxe de mais para a festa. (Ele trouxe algo a mais do que o necessário).

“Demais” é um advérbio de intensidade ou um pronome indefinido e significa muito, excessivamente ou os outros. Por exemplo:

  • Ela é demais! (Ela é muito boa).
  • Os demais alunos saíram cedo. (Os outros alunos saíram cedo).

11. Menos ou menas

A forma correta é sempre “menos”. A palavra “menas” não existe no dicionário e é considerada um erro gramatical. Menos pode ser usado como advérbio, adjetivo ou pronome indefinido e tem o sentido de quantidade ou intensidade reduzida. Por exemplo:

  • Ela comeu menos do que eu. (advérbio).
  • menos alunos na sala hoje. (adjetivo).
  • Menos da metade dos candidatos foi aprovada. (pronome indefinido).

Menas é uma forma popular e coloquial de falar menos, mas não deve ser usada em situações formais ou escritas. É comum ver menas sendo usada como uma brincadeira ou ironia para imitar um modo de falar incorreto.

12. Meia ou meio

“Meia” é utilizada quando estamos nos referindo a um substantivo feminino, como “meia-calça”, “meia-irmã” ou “meia-hora”. Já “meio” é um advérbio de intensidade ou uma conjunção adversativa, e também é utilizado como um adjetivo quando estamos nos referindo a um substantivo masculino no singular, como em “meio-dia”, “meio-termo” ou “meio-irmão”. Exemplos:

  • Eu comprei uma meia-calça nova.
  • Ele ficou meio triste com a notícia.
  • Vamos encontrar um meio-termo para resolver essa situação.
  • Eu tenho um meio-irmão mais velho.

13. A gente ou agente

Esse é um dos erros mais clássicos de português, mas também é simples de se resolver. “A gente” é uma locução pronominal que significa “nós” ou “as pessoas”. “Agente” é um substantivo que significa “aquele que age” ou “funcionário de uma agência”. Veja alguns exemplos:

  • A gente vai ao cinema hoje à noite. (Nós vamos ao cinema hoje à noite.)
  • O agente secreto infiltrou-se na organização criminosa. (O funcionário de uma agência secreta infiltrou-se na organização criminosa.)
  • A gente precisa de mais educação e respeito. (As pessoas precisam de mais educação e respeito.)
  • O agente químico causou uma reação explosiva. (Aquele que age quimicamente causou uma reação explosiva.)

Portanto, para não errar na escrita, basta lembrar que “a gente” é equivalente a um pronome e “agente” é equivalente a um substantivo.

14. Esse ou este

“Este” e “esse” são pronomes demonstrativos que indicam a posição de algo ou alguém em relação à pessoa que fala. Este se refere a algo ou alguém que está próximo da pessoa que fala ou do momento presente. Esse se refere a algo ou alguém que está distante da pessoa que fala ou do momento presente. Veja alguns exemplos:

  • Este livro é meu e esse é seu. (O livro próximo da pessoa que fala é este e o livro distante é esse.)
  • Este ano foi difícil, mas espero que esse seja melhor. (O ano atual é este e o ano seguinte é esse.)
  • Você prefere este ou esse bolo? (A pessoa que fala aponta para dois bolos diferentes, um mais próximo e outro mais distante.)

15. Há ou a

Esse é mais um caso de duas palavras homófonas. O “a” é um artigo definido que aparece antes do substantivo, e indica um fato que irá ocorrer, ou seja, uma ação futura. O “a” também é usado quando se deseja dar a indicação de distância. Por exemplo:

  • Ela vai viajar daqui a dois dias.
  • Ele mora a cinco quilômetros daqui.

Já o “há” é uma forma do verbo haver no presente do indicativo, e significa “existir” ou “fazer”. O “há” também é usado para indicar um tempo passado. Por exemplo:

  • muitas pessoas na fila.
  • Ele não me vê muito tempo.

Leia mais: Há ou a: quando utilizar cada um?

16. Afim ou a fim

As duas formas existem e estão corretas, mas têm significados diferentes. “Afim” é um adjetivo que indica afinidade, semelhança ou parentesco.

Por exemplo:

  • Eles têm interesses afins.
  • Ela é minha parente afim.

“A fim” faz parte da locução “a fim de”, que indica finalidade, propósito ou interesse.

Por exemplo:

  • Ele estudou muito a fim de passar no vestibular.
  • Ela está a fim de sair com ele.

Uma dica para saber qual forma usar é substituir por uma das seguintes opções:

  • Para “a fim”: para, com o objetivo de, com vontade de;
  • Para “afim”: parecido, semelhante, próximo.

Se a frase encaixar com uma das opções acima, provavelmente você está usando a forma correta.

17. Em cima ou encima

As duas formas estão corretas e existem na língua portuguesa. Seus significados, porém, são diferentes. A expressão “em cima” é uma locução adverbial que indica a parte mais elevada, na parte superior, sobre, etc. Em cima é antônimo de embaixo. Por exemplo:

  • Coloquei o livro em cima da mesa.
  • Ele mora em cima do meu apartamento.

Já a palavra “encima” é uma conjugação do verbo encimar, que é sinônimo do verbo coroar, conjugado na terceira pessoa do singular do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo. Por exemplo:

  • A estátua encima o monumento.
  • Encima a tua cabeça com esta coroa.

Leia mais: Encima ou em cima: qual está correto?

18. Embaixo ou em baixo

Nesse caso, as duas formas também são possíveis e devem ser utilizadas em diferentes situações. A forma “embaixo” é um advérbio de lugar que indica uma posição inferior ou mais baixa em relação a outra.

Por exemplo:

  • O gato está embaixo da mesa.

Já a forma “em baixo” é uma locução adverbial formada pela preposição “em” e pelo adjetivo “baixo”. Ela indica uma direção ou movimento para um lugar mais baixo.

Por exemplo:

  • Ele desceu em baixo para pegar o jornal.

19. Entender ou intender

Essas duas palavras existem na língua portuguesa, mas têm significados diferentes. “Entender” se refere principalmente ao ato de compreender ou perceber o significado de algo. Por exemplo:

  • Eu entendo os conteúdos da matéria de física.

Já “intender” se refere principalmente ao ato de superintender, administrar, coordenar e dirigir.

Por exemplo:

  • O novo diretor vai intender a equipe a partir de amanhã.

20. História ou estória

“História” e “estória” são duas formas de escrever a mesma palavra, que significa narrativa, conto ou relato. No entanto, há uma diferença de uso entre elas. História é a forma mais comum e abrange tanto os acontecimentos reais quanto os fictícios. Estória é uma forma antiga e arcaica, que hoje em dia é usada apenas para se referir às narrativas populares e tradicionais, como lendas e fábulas.

Por exemplo:

  • Ele me contou uma estória sobre um dragão e uma princesa.
  • Ela adora estudar história antiga e medieval.

21. Companhia ou compania

A forma correta de escrita da palavra é “companhia”, com “nh”. A palavra “compania”, com “n”, está errada. O substantivo feminino “companhia” se refere ao ato de acompanhar ou ser acompanhante de alguém, bem como à convivência entre pessoas.

Por exemplo:

  • Ele gosta de viajar na companhia dos amigos.
  • A companhia aérea cancelou o voo por causa do mau tempo.
  • Ela é uma ótima companhia para conversar.

22. Assento ou acento

A palavra “Acento”, com “c”, é um sinal gráfico que indica a sílaba tônica de uma palavra. Já “assento”, com “ss”, é um móvel ou local onde se pode sentar.

Por exemplo:

  • A palavra café tem acento agudo na última sílaba.
  • O assento do ônibus estava sujo e rasgado.

23. Catorze ou quatorze

As duas formas da escrita estão corretas e existem na língua portuguesa. Podemos usar as palavras “catorze” ou “quatorze” sempre que quisermos nos referir ao número cardinal 14. Por exemplo:

  • Quatorze casais participarão no encontro.
  • Catorze casais participarão no encontro.
  • quatorze meses que não viajo.
  • catorze meses que não viajo.

Como evitar erros gramaticais?

Confira algumas dicas simples para mandar bem na escrita e, assim, evitar futuros erros de português:

  • Crie o habito de ler.
  • Consulte dicionários e gramáticas regularmente.
  • Fale e escreva com calma e atenção.
  • Reflita sobre o uso da língua portuguesa.

Como vimos no post, os erros comuns de português, na maior parte dos casos, são coisas que confundem a todas as pessoas. No entanto, isso não significa que eles devem ser ignorados. Por isso, é importante começar a colocar em prática essas dicas e caprichar na boa escrita.

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