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Figuras de linguagem: o que são, quais são, tipos e exemplos

Por Felipe Ferreira
Figuras de linguagem: quais são, tipos e exemplos

As figuras de linguagem, também conhecidas como figuras de estilo, são palavras que criam novos significados para um texto, dando mais expressividade a ele.

As figuras de linguagem podem ser divididas em quatro grupos:

  • Figuras de Som: correspondem aos conteúdos sonoros das palavras;
  • Figuras de Pensamento: exploram a estrutura gramatical da frase;
  • Figuras de Construção: modificam as relações sintáticas;
  • Figuras de Palavras: diz respeito ao significado das palavras.

É importante saber identificar as diversas figuras de linguagem, pois desta forma é possível interpretar adequadamente textos dos mais variados tipos e gêneros textuais.

1. Figuras de som

São figuras associadas á sonoridade das palavras e, por isso, exploram os efeitos da linguagem para reproduzir sons nos seres.

Aliteração

A aliteração é caracterizada pela repetição harmônica e ritmada de sons consoantes. São destacados principalmente os fonemas iniciais das palavras.

Exemplos:

Fogem fluidas, fluindo á fina flor dos fenos.”

“Que a brisa do brasil beija e balança.”

Paronomásia

São palavras que possuem semelhanças, tanto no som quanto na grafia, mas que apresentam significados diferentes.

Exemplos:

“Há soldados armados, amados ou não quase todos na rua, indeciso cordão.”

Assonância

A assonância é uma figura de som que utiliza a repetição, assim como a aliteração, porém a repetição acontece apenas em sons vocálicos idênticos ou semelhantes, produzindo assim efeito harmônico.

Exemplos:

“A pálida lágrima da Flávia.”

“Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”

2. Figuras de construção

As figuras de construção são caracterizadas por apresentar determinadas mudanças na estrutura comum das orações.

Elipse

Trata-se da omissão de um termo que pode ser identificado a partir do contexto criado pelo texto.

Exemplos:

“Neste natal, vou comer muitas castanhas.” (omissão do termo “eu”)

“Na sala de aula, apenas cinco ou seis alunos.” (omissão do termo “havia”)

Zeugma

É uma forma particular de elipse que consiste na omissão de um termo utilizado anteriormente no enunciado.

“Ela come pizza; eu, carne.” (omissão do termo “como”)

Polissíndeto

Consiste no emprego repetido e intencional de conjunções coordenativas que ligam uma série de palavras ou frases.

E a névoa e flores e o doce ar cheiroso
Do amanhecer na serra
E o céu azul e o manto nebuloso
Do céu de minha terra.”

Hipérbato

No nosso idioma, a ordem típica das orações é:

Sujeito > verbo > complemento > adjunto adverbial.

Ordem típica – Paulo comprou um DVD ontem.
Ordem inversa – Um DVD, Paulo comprou ontem

O hipérbato consiste na inversão desta ordem.

Silepse

É quando fazemos a concordância não com os termos expressos, mas com as ideias a eles associadas. A silepse pode ser:

  • silepse de gênero
    Vossa Excelência está preocupado.
  • silepse de número
    Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
  • silepse de pessoa
    “O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

Anacoluto

É caracterizado pela mudança repentina de pensamento no meio de uma frase, isto é, essa figura de linguagem quebra a estrutura lógica do que está sendo dito.

“Esse chapéu que está na moda, você que gosta de chapéu devia comprar um.”

Pleonasmo

Ocorre quando há acréscimo de uma informação desnecessária no discurso, sendo ou não intencional.

“Grávida que sobreviveu a acidente está viva.”

Anáfora

É a repetição de uma mesma palavra no início de orações, versos ou frases.

“É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o Sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira.” (Tom Jobim)

3. Figuras de pensamento

Antítese

É o emprego de termos com sentidos opostos, ou seja, consiste na oposição de duas ideias, lado a lado, em uma mesma frase ou verso.

“Bonito para alguns, feio para outros.”
“Depois da luz, se segue a noite escura.”

Ironia

É quando se quer expressar, intencionalmente, o oposto do que se pensa ou sente.

“Olha só quem chegou! Não tá nem um pouco atrasado!”

Eufemismo

Consiste em suavizar a mensagem, substituindo a palavra ou expressão desagradável por outra menos rude.

“Meu avô foi entregar a alma a Deus.” (em vez de ele morreu)

Hipérbole

Consiste no emprego de termos exagerados, a fim de dar uma carga dramática a situação narrada ou descrita.

“Estou morrendo de fome. (em vez de estou com muita fome)

Prosopopeia

Consiste em atribuir atitudes e sentimentos humanos a objetos inanimados ou seres irracionais.

“Com a passagem da nuvem, a lua se tranquiliza.”

A prosopopeia também é chamada de personificação, animismo, animização, metagoge e antropomorfismo.

Gradação

Consiste na sequência de palavras ou frases que exprimem de maneira gradativa a intensidade de uma ideia. Pode ser da menos intensa (gradativa) para a mais intensa (degradativa) e vice-versa.

Gradativa

“Em pouco menos de um mês, Ana passou de vendedora de roupas para gerente de loja.”

Degradativa

“Pedro já foi milionário, rico e hoje está pobre. Esse mundo dá voltas.”

Apóstrofe

Consiste na interrupção que o orador ou escritor faz em seu texto para se dirigir a alguém ou algo (real ou fictício).

“Senhor, tende piedade de nós.”

4. Figuras de palavras

Metáfora

É o emprego de uma palavra ou expressão com o significado diferente do habitual, estabelecendo uma relação de comparação. Por exemplo:

“Maria é uma flor.”

Na frase comparamos Maria a uma flor para dizer que ela é bonita.

Metonímia

Consiste na substituição lógica de uma palavra ou expressão por outra semelhante, mas mantendo uma relação de proximidade entre o sentido de um termo e o sentido do termo substituído.

“Comprei uma caixa de Gilette.”

Observe que ao invés de dizer lâminas de barbear, nós acabamos usando o nome da marca. O mesmo ocorre com Nescau, Cotonete, Bombril, entre outros.

Catacrese

É quando emprega uma palavra com sentido alterado, em relação á sua real significação, por falta de uma palavra própria.

“O da mesa estava quebrado.”

Antonomásia ou perífrase

Ocorre quando um nome é substituído por um conjunto de elementos que fazem referência a ele.

“A dama do teatro brasileiro foi indicada para o Oscar.”

Observe que, a expressão “dama do teatro brasileiro” se refere a atriz Fernanda Montenegro.

Sinestesia

È caracterizado pela combinação de termos que remetem a diferentes órgãos do sentido: visão, tato, olfato, paladar e audição.

“O cheiro gostoso do café é acolhedor.” (olfato + paladar)

“Ela tem um olhar doce.” (visão + paladar)

“Sua voz aveludada me encanta.” (audição + tato)

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Veja também: Sujeito: o que é, como identificar, tipos, exemplos

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